Ele: Oi...
Ela: Olá!
Ele: Tudo bem? Quanto
tempo!
Ela: Tudo bem sim. Pois
é, já faz mesmo um tempo que não nos vemos.
O que te trouxe até aqui?
Ele: É que andei
pensando na vida e senti saudades suas. Queria te ver.
(silêncio)
Ele: Desculpa se estou
cometendo algum erro. Mas, era só saudade.
Vontade mesmo de te dar um
abraço, sentir seu perfume e admirar teu sorriso.
Ela: Não, não está
cometendo nenhum erro.
Ele: Por isso estive
pensando se eu e você, se conversando nós poderíamos...
Ela: Não. Não há o “nós”
e também não podemos mais nada. Cada um sabe o que passou e o quanto lutou pra
chegar até aqui.
Não sei você, mais eu não quero
arriscar, não quero apostar em algo duvidoso.
Ele: Eu não discordo de
ti , na verdade, esse foi o motivo de eu vir te ver. Cheguei à conclusão de que
nos amamos apesar de tudo, ou, quem sabe até, por causa de tudo.
Ela: Talvez você esteja
certo.
Mais ainda assim, estamos no
“talvez”.
Melhor mesmo é deixar tudo como
está, dá tempo ao tempo que com calma tudo se ajeita.
Ele: É, você tem razão.
Eu não devia ter tocado nesse
assunto.
Preciso ir.
Ela: Tudo bem, tchau.
Ele: Até mais.
(- um silêncio momentâneo -, e
antes que ele batesse a porta...)
Ela: Espera!
Ele: Oi.
Ela: Me da um abraço. Um
abraço apertado, demorado.
Eu também tenho saudades de você.
(Ainda que a
vontade fosse outra, que quisessem permanecer tão próximos, compartilhando de
todo sentimento ali existente..., permitiram que o medo, a insegurança e o
orgulho falassem mais alto, fazendo do que era pra ser singular, novamente,
plural.)
Preeeeta que coisa mais linda! Texto perfeito, e infelizmente é desse jeitinho que acontece ''/
ResponderExcluirIris Eduarda, acho belíssima a forma impessoal com que produz seus textos. Assim diria se não a conhecesse. Beijos.
ResponderExcluir