Tomando consciência


Vivo constantemente perdida em meus pensamentos, como se estivesse num imenso labirinto, tentando encontrar algo que faça sentido. Eles vão me tomando aos poucos e quando me dou conta, estou sendo bombardeada por informações que vêm de todos os lados querendo me atingir.
Mas, dessa vez, fui surpreendida.
Nas ultimas 72 horas a angústia, o medo e a insegurança eram apenas alguns dos sentimentos que estavam a me acompanhar, até que aconteceu algo inusitado, algo estranho. Pensei: “Quem sou eu?”. E, pra minha decepção, não obtive resposta. Tudo isso soava como uma afronta, como pude permitir que meu inconsciente rebatesse comigo dessa maneira? Ou melhor, como eu pude esquecer a pessoa que sou ou era?
Fui tomada por um insight de informações, onde pude notar que a maioria das coisas que eu fazia, era uma tentativa de ajudar ao próximo, fazendo com que ele (o outro) encontrasse sua essência, seu verdadeiro Eu. Me deixei de lado. Me moldei inúmeras vezes para agradar, para satisfazer, para ajudar, para enganar e me enganar. Me dispersei.

Provavelmente, a causa de toda essa inquietação é o desejo persistente de me redescobrir, mas, só a minha vontade não basta, preciso que mais alguém esteja disposto a explorar comigo o que ainda é desconhecido em mim. Preciso me livrar fantasmas que me tiram o sono, o humor, a paz. E, embora expectativas sejam, algumas vezes, ideias autodestrutivas, é com elas que eu espero contar para obter algum êxito, me sentindo assim, mais leve e confiante para deter tudo o que tenha pretensão de me atingir direta ou indiretamente ou tudo aquilo que seja contrário as minhas vontades.

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