Um desvairado em minha vida.


É graciosamente estranho observar tudo que tem me acontecido nos últimos dias e perceber que agora - após tantas insistências, buscas sedentas por um final, ou seria melhor dizer, continuidade feliz e um cansaço repleto de frustração - estou em paz, estou tranqüila, numa nice.
Reascendi em mim chamas que aos poucos iam se apagando, cicatrizei feridas que sabiam o jeito certo de me torturar, abri mão do desejo de querer um relógio que me fizesse voltar no tempo e aprendi também a fazer bom uso da nostalgia, deixando que ela se faça presente somente para me trazer boas recordações de tudo o que já vivi e que realmente valeu à pena.
Antes de assumir tal postura e de me sentir assim tão bem, eu havia quase me esquecido completamente de que guardar o amor dentro de nós não o impede que ele empedre e que para torná-lo real é preciso expulsá-lo de nós pra que ele possa ser de alguém. Foi quando surgiu uma pessoa um tanto perturbadora, que me fez refletir a respeito do seu comportamento, de início eu não chegava a uma conclusão diferente da que aquele homem persistente fosse um desvairado.


Como ele conseguia manter seus pés sempre tão fora do chão? Quem o ensinara a re-começar, re-arriscar, re-acreditar, re-conquistar, re-sonhar, re-amar incontáveis vezes e tão facilmente?
Seu comportamento me atordoava, desorganizava teorias que eu elaborara sobre sentimentos, tornando agora perceptível pra mim a importância dos mesmos em minha vida.
Foi então que compreendi quão grande era a minha sorte. Um mundo com tanta gente e esse homem foi posto ao meu lado, me mostrando a importância de tudo o que ainda havia dentro de mim; a importância das minhas lágrimas, dos meus sorrisos, dos meus amigos, dos meus amores, das pessoas que faziam parte da minha vida.
Desde então, decidi fazer uma seleção. Separei coisas, lugares, momentos, pessoas e fiquei só com o que foi e é melhor pra mim. “as sobras”, por sua vez, foram deixadas em seus devidos lugares... algumas delas ficaram no passado, outras foram jogadas fora, ou ainda, esquecidas. Cheguei mais uma vez à conclusão de que palavras sem atitudes são como cheques sem fundos, que ser verdadeiro é uma qualidade que poucos possuem (mas que deveria está na moda), que nem sempre o que você fez, faz ou faria pelos outros alguém fará por você, que nem tudo é insubstituível, que só se descobre seu real valor quando te colocam a prova, que sua essência é única, que tudo que você faz um dia volta pra você, que o tempo não para, que tudo nessa vida é passageiro, que sempre haverá dois caminhos para o que quer que seja, que independente da situação devemos ser e fazer sempre o nosso melhor, que ignorar é a melhor forma de poupar bastante aborrecimento, que onde quer que você vá sempre haverá quem goste ou odeie você, que é impossível agradar a todos, que abrir mão às vezes é necessário, que o melhor a se fazer é sempre desejar bem ao seu próximo, seja ele querido ou odiado por ti, desejar o bem não dói, não prejudica, não atrasa, não feri, é contrário a todo e qualquer sentimento ruim e purifica cada vez mais o seu coração.


Por: Iris Eduarda.
[Copia o texto sem ocultar o autor]

 
Beijo à todos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário