A solidão me acompanha de perto e já se tornou
tão comum sua presença em minha vida que tem sido difícil conviver com outras
pessoas. Estas, por sua vez, com suas personalidades diferentes, com sua
tamanha insensibilidade e incompreensão.
Por isso tenho optado por ficar calado dentre
elas, sendo apenas espectador e indiferente.
Sou pessoa da alma. Acredito no poder do amor,
na paz, na alegria, na felicidade, no medo, na compaixão, na esperança, no
sorriso, na lágrima, no renascimento, em Deus. Gosto de música, do vento, das
flores, do beijo, do abraço, do carinho, do desejo, da saudade, do afago, de
voar...
Não pretendo, nem quero, me perder de mim.
Demorei muito pra chegar onde estou, me moldei e mudei incontáveis vezes.
Cansei. Chega de subtrações.
Hoje, ainda continuo com minhas ilusões
passageiras, com sede de concretizar sonhos antigos e defendendo aquilo que
acredito. Hoje já não dou valor exagerado a pequenos detalhes, seleciono pessoas,
o que quero ouvir e fazer.
Às vezes eu ainda choro sozinho. Gosto de
ficar no escuro onde posso ser eu mesmo, sem camuflagem, sem ter que esconder
olheiras, sem falsos sorrisos, sem falsas asas.
Também costumo ser meu melhor escritor e
leitor. Constantemente sou invadido por pensamentos que me inundam obrigando-me
a escrever como se essa fosse a única saída, como se isso fosse tão necessário
quanto respirar.
Contudo, permaneço com a mesma fragilidade de
antes. Talvez eu devo culpar meus pais pela super-proteção que tive até os meus
sete anos de idade, o que conseqüentemente me adoeceu pra o resto da vida, não
sei. Penso que se tivessem permitido que eu caísse mais vezes, hoje eu seria
uma pessoa mais independente, corajosa e preparada para os altos e baixos que a
vida nos oferece dia após dia.
Ninguém precisa entender o que eu tenho, pelo
que passo, porque ajo dessa forma ou do que eu realmente necessito. Sou isso
que você leu, sou isso que você vê... um jardim com flores que encantam com sua
beleza, flores que seduzem com seu aroma, arvoredos imensos, tenho uma
grama impecável e outras mal cortadas, tenho cerejeiras, plantas carnívoras,
fruteiras, ervas capazes de curar e outras capazes de matar, tenho um pouco de
alegria e tristeza também, um pouco de tudo...
Por: Iris Eduarda.
Beijo à todos!
Nunca me imaginei homem, escritor. Depois desse texto sim.
ResponderExcluirParabéns, como de costume.
Farei críticas, leves, pessoalmente.
Cobre.