O tempo não é remédio

Passarão os dias, os meses, os anos e ainda assim, será sempre a mesma coisa, teremos sempre as mesmas sensações. Nossos olhares ao se encontrarem, provocarão ações involuntárias. Nos sentiremos atraídos por desejos não mais permitidos. Suplicaremos por um toque, um abraço, uma carícia, um beijo. Sim! Um beijo ardente, com sabor de saudade, com dor de despedida, com lamento por ser o último e por ser o melhor.
Em meio ao abraço, ao afagar dos cabelos, aos toques, a esse beijo repleto de sensações indescritíveis, olharemos para um lado, em seguida, olharemos para o outro e ao nos encararmos, perceberemos que tudo permaneceu imóvel ao nosso redor, inclusive nós... nós, que na verdade agora somos plural, feito de dois. Eu sem você, você sem mim.
Talvez amigos ou quem sabe conhecidos, apenas.

Imagem via www.feedbackmag.com.br

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